segunda-feira, 15 de agosto de 2016

ENEM

Olá, leitores!
Para conseguir bons resultados nas questões defilosofia e sociologia no Enem e nos grandes vestibulares, é preciso ser capaz de analisar os conceitos de políticaética e moralidades, além de compreender o que está sendo pedido no enunciado. Vale lembrar que elas ainda não possuem um perfil definido, mas se destacam pelo vínculo com as atualidades e o conhecimento do aluno em determinados autores tradicionais.
Alguns temas importantes são mais cobrados no Enem e nos vestibulares são:

Escola de Frankfurt

A crítica ao consumismo da indústria cultural, o consumo pelo consumo, onde tudo se torna um desejo, pode fazer relação com a sociedade contemporânea: midiatizada, alienada e mercantilizada.

A ação social no conceito de Max Weber

O conceito de ação social que tenta enxergar na sociedade as influências das relações sociais. Apresentando que as maiores dificuldades de uma vida em conjunto são ocasionadas por ações emotivas. As situações podem estar relacionadas nas ações: racional relativa a fins, ação racional relativa a valores, efetiva e tradicional.

Sócrates, Platão e Aristóteles

São a base do conhecimento sobre política, ética e moralidade. Apontavam soluções para sociedade, conciliando a ética na esfera política. Sendo Aristóteles ligado mais à ética e Platão à política.

Hobbes, Locke e Rousseau

É o estado de natureza, contrato social e estado de sociedade. Hobbes acredita que o homem nasce egoísta, por causa do medo da morte violenta. Já Rousseau acredita que o estado de natureza é bom, mas a partir da propriedade privada, o egoísmo vai aparecendo. Nos três tem a ideia das leis comandarem um Estado.

Karl Marx

Conceitos de valor, alienação do indivíduo e materialismo histórico. Debate a história como sendo uma luta de classes, apenas para a sobrevivência.

Émile Durkheim

O conceito defendido por ele é que é preciso entender os problemas sociais, como sendo coisas ou fatos sociais.

Jürgen Habermas

Distingue esfera pública, da esfera privada e da atuação do indivíduo, através das relações de poder e política do estado.
Bons estudos e até mais!

Da roça para a Medicina

Menino humilde que sempre viveu na roça conquista o sonho de ser médico



MENINO 600 X 500A história de Luciano é prova de que não se deve desistir dos seus sonhos, não importa o quão longe ele pareça estar. 

Medicina é uma faculdade muito procurada pelos jovens, alguns pelo retorno financeiro, outros pelo amor. No entanto, é um curso extremamente caro, e muitas pessoas não têm condição de pagar.
A história que vamos contar hoje é do Luciano Carlos, 25. Desde criança ele sempre trabalhou na roça com seus pais e teve que superar muitos obstáculos para conquistar seu sonho. No roçado, ele plantava e cultivava hortaliças e legumes. "Não tínhamos outra opção", conta Luciano.

Da roça ao consultório: conheça a história do agora 'doutor' Luciano Carlos

O agora médico Luciano Carlos, 25, seria apenas mais um a se formar, no último fim de semana, em medicina pela Uespi (Universidade Estadual do Piauí), não fosse o desafio de chegar ao diploma após conciliar os estudos com o trabalho na roça, desde criança, e a falta de dinheiro para se manter em curso na capital.
Luciano nasceu e cresceu no pequeno povoado rural Caatinga Branca, em Valença do Piauí (a 216 km de Teresina). Aos sete anos, começou a trabalhar na roça. "Nessa idade eu não fazia nada que eu não podia fazer, meu pai não deixava. Era mais só para acompanhar. A partir de dez, 12 anos já fazia quase tudo", conta o médico.
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No roçado, ele plantava e cultivava hortaliças e legumes. "Não tínhamos outra opção", diz, contando que seus pais e dois irmãos ainda vivem na roça.
Luciano começou a estudar, aos seis anos, na Unidade Escolar Ulisses Vale Veloso, na zona rural do município. Foi lá que concluiu o ensino fundamental. Já o ensino médio foi feito à noite em uma escola pública - a Maria Antonieta- na zona urbana, na zona urbana. Em 2008, concluiu os estudos colegiais e iniciou a batalha pela tão desejada vaga na faculdade de medicina.
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Em 2009, ele resolveu se dedicar aos estudos em casa. "Estudava com apostilas e livros. Apesar de ter focado no estudo individual, ainda participei, durante quatro meses, de um curso pré-vestibular, mas que só ocorreu no primeiro semestre - no segundo ele fechou, faliu. Em resumo: quase não tive proveito com curso preparatório", conta.
Então, no final desse mesmo ano veio a notícia da aprovação por cota no curso de medicina. O garoto também passou em outro vestibular para Administração e um concurso do Banco do Brasil. O jovem estava longe da capital, mas tinha esperanças para dar e vender. E foi assim que Luciano conseguiu estudar medicina na Universidade Estadual do Piauí.
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"Fiz provas de vestibulares, mas não fui aprovado", lembra, mencionando que chegou a fazer um cursinho pré-vestibular por três meses oferecido pelo governo do Estado.
Ajuda no curso
A aprovação foi apenas o primeiro desafio. Apesar de ingressar em uma faculdade gratuita, a falta de recursos para custear sempre foi suprida pela solidariedade -- que o fez se manter na universidade.
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"Durante todo o curso tive sempre o apoio de amigos, familiares e colegas de turma. Meu sustento era tirado da ajuda da minha família, de uma entidade filantrópica e de estágios remunerados. Além disso, recebi doações de livros e apostilas durante o curso", cita.
Ele diz que durante todo o período vai carregar uma lembrança especial: "o carinho e respeito que sempre tive dos meus colegas". "Outro fato que me deixará lembranças é eu ter sido líder de turma durante quase toda a graduação", lembra.
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A formatura oficial veio no dia 10 de maio. Os eventos de formatura, porém, só ocorreram na semana passada. Já com diploma há quatro meses, o 'doutor' Luciano hoje trabalha em uma Unidade Básica de Saúde de Teresina e dá plantões em hospitais da capital piauiense.
Após o ajuste financeiro de primeiros meses com salário, promete retribuir aos pais tudo que recebeu durante a vida. "Assim que as coisas começarem a se equilibrar -- o que, com fé em Deus, acontecerá em breve -- passarei ajudá-los diretamente", conta, sem esconder a emoção ao falar dos pais.

Futuro profissional

A rotina corrida de trabalho deve ter uma pausa no próximo ano. Ele vai tentar ingressar residência em otorrinolaringologia, em primeira hipótese, e clínica médica com subespecialização em cardiologia.
"Meu foco é passar em uma residência médica este ano, que poderá ser em algum lugar do Brasil. As provas de residência ocorrem no quarto trimestre do ano. Vou tentar aqui, no Piauí; e no Ceará, em São Paulo, Minas Gerais e, provavelmente, em mais algum Estado do Nordeste", afirma.
Depois do curso, ele promete retornar ao Piauí. "Possivelmente volto a Valença para o exercício da profissão", promete.
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Com o diploma há quatro meses, o doutor Luciano hoje trabalha em uma Unidade Básica de Saúde de Teresina e dá plantões em hospitais da capital piauiense.
O Luciano ainda depende de transporte público para ir ao trabalho, mas faz questão de mostrar que seus objetivos não acabaram ali: "Assim que as coisas começarem a se equilibrar, o que com fé em Deus, acontecerá em breve, passarei ajudá-los diretamente", conta o jovem sem esconder a emoção ao falar dos pais.
A história de Luciano é prova de que não se deve desistir dos seus sonhos, não importa o quão longe ele pareça estar. Se você tiver força de vontade e determinação, vai conseguir. Parabéns Luciano por sua força e dedicação inspiradoras!
Por Carlos Madeiro
Fonte: educacao uol