quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Lei Ficha Limpa pode retroceder ! ATENÇÃO!


Decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a competência das Câmaras Municipais na apreciação das contas de prefeitos poderá acarretar aumento da impunidade e descontrole administrativo.
Na manhã desta sexta-feira (12), na abertura do IV Encontro Nacional sobre Controle e Gestão Pública, realizado na sede do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS), o, Presidente do TCE-RS, conselheiro Marco Peixoto, manifestou sua preocupação diante das informações sobre o julgamento, com repercussão geral, realizado pelo Supremo Tribunal Federal que teria fixado competência às Câmaras Municipais para o exame final das contas de governo e contas de gestão dos prefeitos. “Tal decisão, se confirmada, altera a relação jurisdicional entre os Tribunais de Contas e os prefeitos, fragilizando a dinâmica de controle externo da administração pública, com evidentes prejuízos à população. Por este caminho, maus gestores que tenham apoio entre os vereadores terão inclusive multas e débitos afastados”, declarou.
Segundo o presidente, considerando que o inteiro teor da referida decisão ainda não é conhecido, o TCE-RS aguardará a respectiva publicação para apresentar definitivamente sua posição, devidamente consolidada em estudo jurídico de conteúdo e repercussão sobre as atividades de fiscalização e sobre o julgamento dos gestores públicos jurisdicionados.

Fonte: TCE – Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande Do Sul

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Homens solteiros podem adotar


Foto: Agência Brasil
Foto: CNJ
Célio Wanderson de Araújo é assistente social no Distrito Federal (DF), solteiro, e desde 2013 é pai de dois irmãos: um menino de 9 e outro de 11 anos. Peterson Rodrigues dos Santos, vendedor em Porto Alegre/RS, solteiro, se tornou pai de um menino de 9 anos em 2015. José Ubiratan Vieira Cavalcanti, técnico em enfermagem em Recife/PE, se tornou pai de um menino de sete anos com paralisia cerebral em 2009. Esses são apenas alguns dos casos de adoção bem-sucedida feita por “pais solteiros” em todo o país. Todos foram unânimes em afirmar que o amor incondicional foi o que os motivou a encarar o desafio de criar uma criança adotiva sozinhos.
Atualmente, dos mais de 37 mil pretendentes inscritos no Cadastro Nacional de Adoção, gerido pela Corregedoria Nacional de Justiça, órgão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 5.019 são pessoas solteiras. Em média, elas representam cerca de 15% do total de crianças adotadas em todo o país. Não existem dados específicos sobre adoção de crianças por homens solteiros. No entanto, magistrados da Vara da Infância consultados pelo CNJ confirmam que o número ainda é muito pequeno e aquém do que poderia ser.
“Culturalmente o homem ainda não se descobriu como capaz de formar uma família sem a necessidade de uma mulher”, afirmou o juiz Élio Braz, titular da 2ª Vara da Infância e Juventude de Recife. “Eles tendem a achar que não ‘levam jeito’. Só que para adotar uma criança não precisa ter ‘jeito’, mas ter amor”, completou.
Campanha - Em setembro do ano passado, a Vara da Infância da Juventude fechou uma parceria com o Sport Clube do Recife. Os jogadores do time de futebol da capital pernambucana entraram em campo para uma partida contra o Flamengo de mãos dadas com crianças que vivem em abrigos em Recife à espera de adoção. A ação chamada “Adote um pequeno torcedor” mobilizou a cidade e 19 crianças foram adotadas. Entre elas, três por pais solteiros. “Foi uma surpresa muito positiva. Tivemos homens solteiros do Rio de Janeiro vindo adotar crianças em Recife”, contou o magistrado.
De acordo com o juiz, homens solteiros adotam crianças maiores e a adaptação é mais rápida, pois a criança escolhe o pai. Eles são mais abertos e se entregam emocionalmente mais à criança. “A criação do vínculo é muito mais rápida e mais forte do que vemos em adoção por casais”, contou.
Cuidador de um abrigo em Brasília, Célio Wanderson sempre quis ser pai, mas nunca se casou. Um dia, quando chegava em casa de um plantão, viu dois meninos de rua. Passou a mapear os locais por onde eles passavam e se aproximou. “Eram crianças muito difíceis, tinham sofrido agressão do padrasto e passado por muitos momentos complicados. Mas criamos um vínculo e não me vi mais sem eles. Eram os meus filhos. Percebi que o problema deles era a falta de presença de um adulto”, contou o assistente social. ´”É um desafio ser ‘pãe’. Tenho que ter um lado mais acolhedor e um lado mais limitador. Mas não é nenhum bicho de sete cabeças. No meu caso, são apenas duas cabeças: dos meus dois filhos”, brinca Célio Wanderson. A guarda definitiva ainda está para sair e o assistente social luta agora para ter direito a mais do que os sete dias de licença paternidade que lhe foi consignado no local de trabalho.
O vendedor porto-alegrense Peterson Rodrigues dos Santos se tornou conhecido em todo o país exatamente por ter conseguido o reconhecimento do direito a quatro meses de licença após ter adotado sozinho um menino de nove anos chamada Lucas. A história dos dois começou em 2013, quando Peterson passou a frequentar uma ONG que promove o apadrinhamento de crianças que vivem em abrigos. Apesar de as crianças que participam do programa não poderem ser adotadas por ainda manterem vínculo com suas famílias de origem, um ano depois do primeiro encontro, o menino foi destituído da família e se tornou apto para adoção. “Inicialmente, as visitas eram a cada 15 dias, mas logo passei a vê-lo toda semana, e o amor foi crescendo”, contou. “Contratei um advogado e entrei com um pedido de guarda em outubro de 2014. Levou um ano para a decisão sair e Lucas ser oficialmente meu filho”, lembrou.
Desafio - Se adotar uma criança sozinho já é um desafio para qualquer pessoa, seja homem ou mulher, adotar uma criança com deficiência é ainda mais complexo. Mas nada fez o técnico em enfermagem José Ubiratan Vieira Cavalcanti mudar de ideia. “Foi amor à primeira vista”, disse. Ele conheceu Victor Emanuel enquanto fazia trabalho voluntário em um orfanato e desde o primeiro encontro não conseguiu mais se ver longe do menino, que então tinha sete anos. Victor tem paralisia cerebral, não enxerga e há algum tempo se alimenta apenas por meio de sonda abdominal. “O amor não encontra razões quando quer realizar algo. Eu não vejo defeitos no meu filhinho. Ele brinca, expressa emoções, sorri e me chama de ‘Bibi’”, contou emocionado. “Todas as crianças que ficavam com ele na enfermaria do abrigo já faleceram. Tenho certeza que é o amor e o carinho que o mantém vivo”, completou.
Ubiratan conta que pensou que, por ser homem e solteiro, teria dificuldades para adotar Victor. “Na Justiça foi rápido. Pensei que ia sofrer preconceito, mas nada disso aconteceu. Logo ganhei a guarda de Victor e dei para ele o meu sobrenome. Se eu tivesse mais condições financeiras, adotaria mais crianças. Crianças que ninguém quer, como as com deficiências, as difíceis e as mais velhas”, afirmou.
Regras - Com a alteração do Código Civil, todas as pessoas com mais de 18 anos podem adotar uma criança ou adolescente. A restrição é que o adotado deve ser 16 anos mais novo que o adotante. O processo de adoção para os solteiros demora o mesmo tempo que para os casais. Para se candidatar, basta ir a um Fórum de sua cidade, com a identidade e um comprovante de residência, e abrir um processo de habilitação para adoção. Os documentos exigidos variam de Vara para Vara.
Além de preencher alguns formulários, estão previstas entrevistas para avaliação psicossocial do adotante. Na entrevista, o pretendente a pai preencherá a ficha de triagem onde poderá solicitar o tipo físico, idade e sexo da criança. Com o processo sendo aprovado, o interessado estará habilitado para adoção e fará parte de uma lista, junto ao Cadastro Nacional de Adoção. Quanto menor o número de restrições nas características da criança desejada, menor o tempo de espera. Escolhida a criança, dá-se início a um processo de adoção propriamente dito.
No Distrito Federal, em 2014, mais de 20 crianças foram adotadas por homens solteiros. Em 2015 aconteceu apenas uma adoção. Em 2016 ainda nenhuma. “Os homens solteiros não acreditam que um juiz irá deferir a guarda de uma criança para ele. Eles não conhecem as regras. Há muita desinformação. Por isso os números são baixos”, destacou Walter Gomes de Souza, supervisor da área de adoção da Vara de Infância e Juventude do Distrito Federal. “Ser homem ou mulher não faz diferença. O que importa é o bem-estar da criança e o vínculo criado com o adotante”, completou.
Fonte: Agência CNJ de Notícias

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

ENEM

Olá, leitores!
Para conseguir bons resultados nas questões defilosofia e sociologia no Enem e nos grandes vestibulares, é preciso ser capaz de analisar os conceitos de políticaética e moralidades, além de compreender o que está sendo pedido no enunciado. Vale lembrar que elas ainda não possuem um perfil definido, mas se destacam pelo vínculo com as atualidades e o conhecimento do aluno em determinados autores tradicionais.
Alguns temas importantes são mais cobrados no Enem e nos vestibulares são:

Escola de Frankfurt

A crítica ao consumismo da indústria cultural, o consumo pelo consumo, onde tudo se torna um desejo, pode fazer relação com a sociedade contemporânea: midiatizada, alienada e mercantilizada.

A ação social no conceito de Max Weber

O conceito de ação social que tenta enxergar na sociedade as influências das relações sociais. Apresentando que as maiores dificuldades de uma vida em conjunto são ocasionadas por ações emotivas. As situações podem estar relacionadas nas ações: racional relativa a fins, ação racional relativa a valores, efetiva e tradicional.

Sócrates, Platão e Aristóteles

São a base do conhecimento sobre política, ética e moralidade. Apontavam soluções para sociedade, conciliando a ética na esfera política. Sendo Aristóteles ligado mais à ética e Platão à política.

Hobbes, Locke e Rousseau

É o estado de natureza, contrato social e estado de sociedade. Hobbes acredita que o homem nasce egoísta, por causa do medo da morte violenta. Já Rousseau acredita que o estado de natureza é bom, mas a partir da propriedade privada, o egoísmo vai aparecendo. Nos três tem a ideia das leis comandarem um Estado.

Karl Marx

Conceitos de valor, alienação do indivíduo e materialismo histórico. Debate a história como sendo uma luta de classes, apenas para a sobrevivência.

Émile Durkheim

O conceito defendido por ele é que é preciso entender os problemas sociais, como sendo coisas ou fatos sociais.

Jürgen Habermas

Distingue esfera pública, da esfera privada e da atuação do indivíduo, através das relações de poder e política do estado.
Bons estudos e até mais!

Da roça para a Medicina

Menino humilde que sempre viveu na roça conquista o sonho de ser médico



MENINO 600 X 500A história de Luciano é prova de que não se deve desistir dos seus sonhos, não importa o quão longe ele pareça estar. 

Medicina é uma faculdade muito procurada pelos jovens, alguns pelo retorno financeiro, outros pelo amor. No entanto, é um curso extremamente caro, e muitas pessoas não têm condição de pagar.
A história que vamos contar hoje é do Luciano Carlos, 25. Desde criança ele sempre trabalhou na roça com seus pais e teve que superar muitos obstáculos para conquistar seu sonho. No roçado, ele plantava e cultivava hortaliças e legumes. "Não tínhamos outra opção", conta Luciano.

Da roça ao consultório: conheça a história do agora 'doutor' Luciano Carlos

O agora médico Luciano Carlos, 25, seria apenas mais um a se formar, no último fim de semana, em medicina pela Uespi (Universidade Estadual do Piauí), não fosse o desafio de chegar ao diploma após conciliar os estudos com o trabalho na roça, desde criança, e a falta de dinheiro para se manter em curso na capital.
Luciano nasceu e cresceu no pequeno povoado rural Caatinga Branca, em Valença do Piauí (a 216 km de Teresina). Aos sete anos, começou a trabalhar na roça. "Nessa idade eu não fazia nada que eu não podia fazer, meu pai não deixava. Era mais só para acompanhar. A partir de dez, 12 anos já fazia quase tudo", conta o médico.
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No roçado, ele plantava e cultivava hortaliças e legumes. "Não tínhamos outra opção", diz, contando que seus pais e dois irmãos ainda vivem na roça.
Luciano começou a estudar, aos seis anos, na Unidade Escolar Ulisses Vale Veloso, na zona rural do município. Foi lá que concluiu o ensino fundamental. Já o ensino médio foi feito à noite em uma escola pública - a Maria Antonieta- na zona urbana, na zona urbana. Em 2008, concluiu os estudos colegiais e iniciou a batalha pela tão desejada vaga na faculdade de medicina.
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Em 2009, ele resolveu se dedicar aos estudos em casa. "Estudava com apostilas e livros. Apesar de ter focado no estudo individual, ainda participei, durante quatro meses, de um curso pré-vestibular, mas que só ocorreu no primeiro semestre - no segundo ele fechou, faliu. Em resumo: quase não tive proveito com curso preparatório", conta.
Então, no final desse mesmo ano veio a notícia da aprovação por cota no curso de medicina. O garoto também passou em outro vestibular para Administração e um concurso do Banco do Brasil. O jovem estava longe da capital, mas tinha esperanças para dar e vender. E foi assim que Luciano conseguiu estudar medicina na Universidade Estadual do Piauí.
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"Fiz provas de vestibulares, mas não fui aprovado", lembra, mencionando que chegou a fazer um cursinho pré-vestibular por três meses oferecido pelo governo do Estado.
Ajuda no curso
A aprovação foi apenas o primeiro desafio. Apesar de ingressar em uma faculdade gratuita, a falta de recursos para custear sempre foi suprida pela solidariedade -- que o fez se manter na universidade.
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"Durante todo o curso tive sempre o apoio de amigos, familiares e colegas de turma. Meu sustento era tirado da ajuda da minha família, de uma entidade filantrópica e de estágios remunerados. Além disso, recebi doações de livros e apostilas durante o curso", cita.
Ele diz que durante todo o período vai carregar uma lembrança especial: "o carinho e respeito que sempre tive dos meus colegas". "Outro fato que me deixará lembranças é eu ter sido líder de turma durante quase toda a graduação", lembra.
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A formatura oficial veio no dia 10 de maio. Os eventos de formatura, porém, só ocorreram na semana passada. Já com diploma há quatro meses, o 'doutor' Luciano hoje trabalha em uma Unidade Básica de Saúde de Teresina e dá plantões em hospitais da capital piauiense.
Após o ajuste financeiro de primeiros meses com salário, promete retribuir aos pais tudo que recebeu durante a vida. "Assim que as coisas começarem a se equilibrar -- o que, com fé em Deus, acontecerá em breve -- passarei ajudá-los diretamente", conta, sem esconder a emoção ao falar dos pais.

Futuro profissional

A rotina corrida de trabalho deve ter uma pausa no próximo ano. Ele vai tentar ingressar residência em otorrinolaringologia, em primeira hipótese, e clínica médica com subespecialização em cardiologia.
"Meu foco é passar em uma residência médica este ano, que poderá ser em algum lugar do Brasil. As provas de residência ocorrem no quarto trimestre do ano. Vou tentar aqui, no Piauí; e no Ceará, em São Paulo, Minas Gerais e, provavelmente, em mais algum Estado do Nordeste", afirma.
Depois do curso, ele promete retornar ao Piauí. "Possivelmente volto a Valença para o exercício da profissão", promete.
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Com o diploma há quatro meses, o doutor Luciano hoje trabalha em uma Unidade Básica de Saúde de Teresina e dá plantões em hospitais da capital piauiense.
O Luciano ainda depende de transporte público para ir ao trabalho, mas faz questão de mostrar que seus objetivos não acabaram ali: "Assim que as coisas começarem a se equilibrar, o que com fé em Deus, acontecerá em breve, passarei ajudá-los diretamente", conta o jovem sem esconder a emoção ao falar dos pais.
A história de Luciano é prova de que não se deve desistir dos seus sonhos, não importa o quão longe ele pareça estar. Se você tiver força de vontade e determinação, vai conseguir. Parabéns Luciano por sua força e dedicação inspiradoras!
Por Carlos Madeiro
Fonte: educacao uol

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Índios e Afrodescendentes na Graduação

Foto: Ramon Moser- UFRGS
Foto: Ramon Moser- UFRGS
Sábios indígenas e afrodescendentes serão os ministrantes da disciplina Encontro de Saberes, em parceria com professores da Universidade. Ligada ao Curso de Música, a disciplina (ART03946) está aberta, como extracurricular, a qualquer aluno de Graduação. Será oferecida no semestre 2016/2, nas segundas-feiras, das 13h30 até às 17h, na sala 301 do Anexo I da Reitoria.
Serão oferecidos quatro módulos de 16 horas/aula cada: Alimento e Rito; Plantas e Espírito; Artes Aplicadas; Sociedades e Cosmovisões. A metodologia envolve exercícios de observação e análise, trabalhos de campo, registros, práticas, improvisações, intervenções e pesquisa teórica.
Os mestres e mestras que ministrarão as aulas são Jorge Domingos, cantor de samba, morador do bairro Restinga; Maria Elaine Rodrigues Espíndola, ativista ligada às culturas afro-brasileira e quilombola e coordenadora do Ponto de Cultura Mocambo, no bairro Cidade Baixa; Iracema Rã-Nga Nascimento, liderança espiritual Kaingang; e Maurício Messa de Oliveira, Guarani-Mbyá conhecedor das sementes sagradas e dos modos de vida próprios dos Guarani. O grupo de professores reforça o diálogo interdisciplinar: Ana Lúcia Liberato Tettamanzy (Instituto de Letras), Luciana Prass e Marília Stein (Instituto de Artes), José Otávio Catafesto de Souza (Instituto de Filosofia e Ciências Humanas), Eráclito Pereira (Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação), Carla Meinerz (Faculdade de Educação), Rumi Regina Kubo (Faculdade de Ciências Econômicas) e Ingrid de Barros (Faculdade de Agronomia).
Para solicitar a matrícula basta entrar no Portal do Aluno, na aba , em clicar em . Então deverá aparecer a opção .
Participantes
Jorge Domingues, o Seu Jorge, é um cantor de 84 anos de vida e 67 anos de exercício musical em plena atividade. Uma carreira iniciada nos tradicionais bailes das décadas de 50 e 60, onde as orquestras com naipes de sopros precisavam de cantores de voz forte com poderosos vibratos para competirem com o alto volume dos instrumentos de metal. Descende artisticamente da linhagem de vozes como a de Jamelão e a de Nelson Gonçalves. Vivenciou parte do tempo áureo das rádios Farroupilha e Guaíba, participou de programas como a “Música Brasileira em Traje de Gala” e dividiu os microfones com a cantora negra Branca de Neve, com o grupo Jazz Grená de músicos da ferroviária e com Telmo do Acordeon, entre outros. Atualmente, canta para crianças nos Serviço de Apoio Socioeducativo (Sase), em grupos na Cruz Vermelha e em eventos da Assistência Social, gratuitamente. Tem participado de atividades artísticas e culturais junto a universidades e escolas com sua banda atual, formada por músicos autodidatas como ele. Uma palavra, uma história, uma canção: é assim que Seu Jorge se inscreve na vida pública como contador-cantor, ou, dito de modo mais poético, como um griot, essa espécie de voz e ouvido da cidade de Porto Alegre e também da Restinga, bairro que o acolheu há mais de 30 anos. A trajetória pessoal se aprofunda na ancestralidade africana e transforma o samba numa narração coletiva, por vezes quase numa prece. Tais são os elementos que permitem uma atuação pública e comunitária em que uma palavra chama uma música, a música conta uma história e a história guia o público num percurso pela memória da cidade e da música brasileira, mas também pela ancestralidade africana e pela experiência de ser negro e morador da periferia no Brasil, tudo isso inspirado nas promessas de um futuro mais justo, mais alegre.
Iracema Rã-Nga Nascimento é líder Kaingang com longa experiência xamânica e cosmo-política. Natural da Terra Indígena Nonoai, na bacia do Alto Uruguai, viveu na Terra Indígena Borboleta, na região do Salto do Jacuí, entre os municípios de Salto do Jacuí, Jacuizinho e Espumoso, e atualmente mora com seu grupo familiar na Vila Jari, em Porto Alegre. Possui um extenso conhecimento dos elementos botânicos florestais, especialmente no âmbito do manejo de cipós, ervas, sementes e outros vẽnh-kagta (remédios do mato). Conhecedora do cultivo de hortas, da produção de artesanato e alimentos tradicionais, dos cuidados relativos ao parto e à maternidade, da interpretação de sonhos e do canto de pássaros, propõe-se nesta disciplina a orientar vivências da eco-lógica Kaingang a partir da articulação de saberes do universo da floresta, no sentido da saúde plena, entre pessoa e terra. Desde 2014, como pesquisadora e liderança tradicional, atua na formação continuada de professores indígenas no Rio Grande do Sul no projeto de extensão “Saberes Indígenas na Escola – UFRGS”.
Iracema Rã-Nga Nascimento é líder Kaingang com longa experiência xamânica e cosmo-política. Natural da Terra Indígena Nonoai, na bacia do Alto Uruguai, viveu na Terra Indígena Borboleta, na região do Salto do Jacuí, entre os municípios de Salto do Jacuí, Jacuizinho e Espumoso, e atualmente mora com seu grupo familiar na Vila Jari, em Porto Alegre. Possui um extenso conhecimento dos elementos botânicos florestais, especialmente no âmbito do manejo de cipós, ervas, sementes e outros vẽnh-kagta (remédios do mato). Conhecedora do cultivo de hortas, da produção de artesanato e alimentos tradicionais, dos cuidados relativos ao parto e à maternidade, da interpretação de sonhos e do canto de pássaros, propõe-se nesta disciplina a orientar vivências da eco-lógica Kaingang a partir da articulação de saberes do universo da floresta, no sentido da saúde plena, entre pessoa e terra. Desde 2014, como pesquisadora e liderança tradicional, atua na formação continuada de professores indígenas no Rio Grande do Sul no projeto de extensão “Saberes Indígenas na Escola – UFRGS”.
Maria Elaine Rodrigues Espíndola possui reconhecimento como Griô pela Câmara Municipal de Porto Alegre, através do Projeto Museu Percurso do Negro/Centro de Referência Afro-brasileira/Programa MONUMENTA. Professora aposentada, atua na Mocambo – Associação Comunitária Amigos e Moradores do Bairro Cidade Baixa e Arredores, organização voltada à preservação das memórias e culturas afro-brasileira na capital gaúcha. O processo histórico da Mocambo remonta ao carnaval das décadas de 1970 e 1980, tendo relação com a Escola de Samba Praiana. Milita em diferentes espaços políticos e culturais porto-alegrenses: Orçamento Participativo, Associação de Remanescentes de Quilombos, Programa Quilombolas em Rede, Conselho Local de Saúde, entre outros.
O mestre Mauricio Messa de Oliveira é cacique na Tekoá Kaaguy Mirim (Aldeia Pequena Floresta), localizada no bairro Lami, em Porto Alegre, pertencente à Terra Indígena do Cantagalo. Ele é um guardião das sementes sagradas do milho Guarani, recebidas de Nhanderu e fundamentais no Nhemongaraí,  tradicional ritual do Batismo do Milho. Preocupado com a saúde e a alimentação das pessoas, também se ocupa no resgate e na preservação de diversos recursos vegetais, como frutas nativas e plantas medicinais. Participa ativamente nos eventos de intercâmbio de sementes tradicionais e crioulas, como nos dias da troca na “Arca das Sementes Berenice Antonini”, da Associação dos Produtores da Rede Agroecológica Metropolitana – RAMA. Por outro lado, sabedor da importância do artesanato como elemento para a compreensão da natureza e da agroecologia, principalmente junto às crianças, se empenha na divulgação do artesanato Guarani por onde anda. Também sob sua responsabilidade está o Grupo Kaaguy Mirim Cultural de Arte Musical Mbyá Guarani, que divulga em diferentes espaços os cantos e danças de seu povo.
Fonte: Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Bolsas de Estudo

Como conseguir uma Bolsa de Estudos

  1. Para conseguir uma bolsa de estudos pelo Quero Bolsa você deve visitar o site e fazer uma busca pelo curso que te interessa, informando o preço que está disposto a pagar e o local onde deseja cursá-lo.
  2. Em seguida, ao encontrar um curso, você precisa fazer a sua inscrição no site e efetuar o pagamento da pré-matrícula.
  3. Leve o comprovante na hora de fazer a matrícula na faculdade e terá sua bolsa garantida até o final do curso.

Confira alguns dos cursos mais procurados

Boa sorte!