segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

15 livros para mudar sua vida

Aposto que você já ouviu alguém dizer a frase "esse livro mudou minha vida". O livro certo no momento certo não tem preço. Com o investimento de algumas horas e alguns reais você tem a oportunidade de adquirir conhecimentos que os autores levaram anos para descobrir.
Também imagino que você já tenha ouvido que aqui no Brasil "o ano só começa após o Carnaval". Embora essa mentalidade venha mudando, ainda há muita gente que leva isso consigo. Não sou a pessoa mais carnavalesca do mundo — meu negócio é rock, bebê —, mas não julgo e tampouco me incomodo com os foliões. Cada um faz o que bem entender da sua vida, não é mesmo?
A única coisa que me deixa ligeiramente incomodado nessa época do ano é justamente a galerinha do contra. Pois eu tenho uma novidade pra vocês: reclamar do Carnaval no Facebook não fará com que ele acabe mais cedo ou com que as pessoas deixem de se divertir.
Então, agora que esclareci isso, que tal você que não vai para a Avenida aproveitar esses dias de forma produtiva? Fiz uma lista com 15 livros que algum dia me fizeram encher a boca para falar: "Esse livro mudou a minha vida!". Quem sabe te ajude em algum objetivo específico. São publicações altamente recomendadas para empreendedores e profissionais criativos. Alguns são novos, outros clássicos atemporais. Alguns desafiarão sua veia empreendedora, outros seu status quo pessoal. Tem autoajuda, biografia e até romance.
Agora é com você! Boa leitura! #ProfissãoCarnaval

1 - Trabalhe 4 Horas por Semana, Tim Ferriss

Não se engane pelo título. A obra é um misto de filosofia de vida e manual do empreendedor do futuro. A premissa básica do autor é eliminar, simplificar e automatizar tudo. Não há limites. O objetivo é trabalhar de forma mais eficiente possível para liberar tempo para coisas mais relevantes. Para coisas que te empolguem. Apesar de os relatos apresentados por Tim serem de experiências vividas nos Estados Unidos, a grande maioria das dicas pode ser aplicada em qualquer realidade.

 2 - Na Natureza Selvagem, Jon Krakauer

Talvez você já tenha assistido o filme com a atuação impecável de Emile Hirsch, a trilha sonora sensacional de Eddie Vedder e a direção de nada mais nada menos que Sean Penn. Esta obra é sobre a viagem e evolução de uma alma humana. É um daqueles livros que você tem que ler no momento certo da sua vida para conseguir absorvê-lo. Tive a sorte de lê-lo no início de minha vida adulta, de modo que a história real de Christopher McCandless, o jovem recém-formado em Direito que largou tudo para viver em meio a natureza selvagem do Alaska, me ensinou, de certa forma, a ser mais desapegado das coisas materiais e a viver com menos.

 3 - Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas, Dale Carnegie

Lançado em 1937, o clássico de Dale Carnegie é tão útil hoje como era quando foi publicado. Isso acontece porque Carnegie tinha uma compreensão da natureza humana que nunca será ultrapassada. O sucesso financeiro, segundo o autor, é 15% de conhecimento profissional e 85% "da capacidade de expressar ideias, assumir a liderança e despertar o entusiasmo entre as pessoas". Ele enfatiza técnicas fundamentais para lidar com as pessoas sem fazê-las se sentir manipuladas. Um livro para se ter na cabeceira.

 4 - O Poder do Hábito, Charles Duhigg

best-seller de Charles Duhigg é mais do que apenas um livro sobre por que fazemos o que fazemos. Esta obra foi responsável por me tirar da inércia e me ajudou muito em meu trabalho como produtor de conteúdo. É um manual contra a procrastinação. Você já se perguntou por que cada vez mais as pessoas bem sucedidas tem falado sobre seus hábitos? Duhigg nos ensina as origens biológicas dos hábitos e como usar a psicologia e a biologia evolutiva para desfazer os maus e substituí-los com novas rotinas que irão alimentar o seu sucesso.

 5 - Roube como um Artista: 10 Dicas sobre Criatividade, Austin Kleon

Este livro revolucionou como eu vejo o processo criativo. De acordo com a teoria de Austin Kleon, nada é realmente original. Porém, novamente, não se engane com o título. O roubo das ideias, neste caso, não significa plágio. Este pequeno livro (levei pouco mais de 1hr para lê-lo) é um manual sobre como beber em diferentes referências para lapidar suas ideias e ser mais criativo. É mais uma obra para se ter na cabeceira. Altamente recomendado para produtores de conteúdo e profissionais de marketing em geral.

 6 - Como Encontrar o Trabalho da Sua Vida, Roman Krznaric

Não é um manual para encontrar um novo emprego — mais uma vez: não se engane pelo título. Roman Krznaric certamente lhe inspirará a descobrir diferentes lados do seu próprio eu. Recomendo fortemente este livro àqueles que se sentem perdidos e estão procurando uma vida melhor e não sabem por onde começar. A obra é um incentivo para tentar novamente e seguir em frente. Muito inspirador!

 7 - Steve Jobs, Walter Isaacson

Steve Jobs dispensa apresentações. Com base em mais de quarenta entrevistas com o fundador da Apple, realizadas ao longo de dois anos — bem como entrevistas com mais de 100 membros da família, amigos, adversários, concorrentes e colegas —, Walter Isaacson escreveu uma história fascinante da intensa vida de Jobs. Sua biografia nos mostra a personalidade de um empreendedor criativo cuja paixão pela perfeição revolucionou várias indústrias.

 8 - On The Road, Jack Kerouac

Jack Kerouac não é uma leitura fácil. Seus parágrafos enormes e sem vírgulas podem cansar os desavisados. Agora, se você não se importa com isso e adora a ideia de pegar a estrada e sair por aí, vai tirar alguns ensinamentos do espírito livre de Kerouac e a geração beatnikPS: Ao contrário de "Na Natureza Selvagem", o filme inspirado no livro é uma bosta, então não assistam! Haha!  

9 - A Mágica da Arrumação, Marie Kondo

Mais um livro sobre desapego, sendo que este vem diretamente da cultural oriental. Esse livro muda vidas! Sério! É definidamente um manual da arrumação. O livro fez tanto sucesso mundialmente que Marie Kondo se tornou uma "guru da organização". Suas dicas são libertadoras e, claro, é totalmente indicado pra você que é bagunceiro...

10 - Elon Musk, Ashlee Vance

O sul-africano Elon Musk é considerado um dos maiores empreendedores contemporâneos. O cara está por trás de nomes como PayPal, SpaceX, Tesla e SolarCity. Musk quer salvar nosso planeta com seus carros elétricos e enviar humanos para o espaço. Podemos dizer que ele é a versão real do Homem de Ferro interpretado por Robert Downey Jr.

11 - O Homem que Venceu Auschwitz, Denis Avey

Este não é apenas um livro sobre a Segunda Guerra Mundial. O Homem que Venceu Auschwitz é uma verdadeira aula de empatia, algo que está faltando para a humanidade atualmente. A obra conta a história real de um soldado britânico, prisioneiro de guerra, que se infiltrou no campo de concentração de Buna-Monowitz, conhecido como Auschwitz III, ao ouvir falar da brutalidade no tratamento dos prisioneiros. Lá, fica amigo de um judeu. Emocionante, no mínimo.

12 - Criatividade S/A, Ed Catmull

Talvez você nunca tenha ouvido falar em Ed Catmull, mas certamente conhece a Pixar, estúdio de animação responsável por Toy Story cujo um dos confundadores é um tal de Steve Jobs. Pois bem, Ed também é um dos cofundadores. Eu recomendo este livro a qualquer pessoa que esteja iniciando ou gerenciando uma empresa; A qualquer pessoa que esteja trabalhando em qualquer atividade criativa; Para os fãs da Pixar ou da Disney; E para quem gosta de um livro bem escrito.

13 - Zen e a Arte da Manutenção de Motocicicletas, Robert M. Pirsig

Todo empreendedor deve ler esse livro. E sabe o que é mais interessante nisso? Não é um livro de negócios. Este livro fala da essência de se fazer o bem exclusivamente pelo propósito de fazer bem. Suas reflexões e percepções sobre como pessoas e tecnologia se relacionam continuam atuais mesmo depois de décadas — foi originalmente lançado em 1974. A narrativa é incrível e é uma excelente opção para quem quer se inspirar com uma leitura que não seja técnica.

14 - Em Águas Profundas: Criatividade e Meditação, David Lynch

O cineasta David Lynch descreve seus métodos pessoais para trabalhar ideias e os imensos benefícios criativos que experimentou com a prática da meditação. Foi minha primeira experiência de leitura sobre o assunto e senti uma paz absoluta apenas em lê-lo — altamente recomendado para quem quer desacelerar.

15 - TED Talks: O Guia Oficial do TED para Falar em Público, Chris Anderson

O nome é autoexplicativo, né? Ninguém no mundo entende melhor a arte da ciência de falar em público do que Chris Anderson, a cabeça por trás do TED Talks. Se você tem dificuldades para se comunicar em público — mesmo que seu objetivo não seja palestrar —, vale muito a pena ler este livro.

Os benefícios do conhecimento diversificado

Este ano, tente ler livros que vão além de negócios. Não tenha medo de ler um romance que possa inspirar você a viajar, como "On The Road", por exemplo. Ou de aprender um pouco sobre empatia e relações humanas com "O Homem que Venceu Auschwitz" por julgar que se trata apenas de mais um livro sobre a Segunda Guerra Mundial.
Seu mundo se expandirá quando você ler sobre diferentes pessoas, lugares e princípios. Lembre-se que a inspiração pode vir de maneiras e de fontes inesperadas. Talvez você aprenda isso em "Roube como um Artista".
Um desses livros pode a mudar sua vida. Eles mudaram a minha.
Publicado originalmente em matheusdesouza.com
Matheus de Souza
27 anos, catarinense, escritor, empreendedor, growth hacker, guitarrista frustrado, marido da Laís. Eleito pelo LinkedIn como o terceiro brasileiro mais influente da rede em 2016. Sócio do Crush Design — uma das 100 startups mais inovadoras do estado de Santa Catarina.

Idade é sinônimo de produtividade?


Quando as organizações vão começar a enxergar seus profissionais a partir da sua entrega, e não da sua idade? É triste continuar com essa percepção em pleno ano de 2017, mas infelizmente o mercado ainda não sabe o que fazer com os profissionais com mais de 50 anos – e quem dirá com os que passaram dos 60.
 Percebo que existe um crescimento do número de aposentados que são contratados como prestadores de serviço, assim como ouço, vez ou outra, casos de empresas que estão fazendo esforços para contratar funcionários com mais de 50. Mas sei que esse movimento ainda está muito distante de ser uma tendência.
Infelizmente, muitas empresas ainda têm a visão preconceituosa de que as pessoas mais velhas são profissionais desatualizados, com dificuldade de adaptação às novas tecnologias e resistentes ao novo. Parece que o universo corporativo ainda trata os sessentões como se fossem velhinhos de bengala incapazes. Agora vamos lá, faça um exercício: pense nas pessoas que você conhece (ou em você mesmo) na faixa dos 60-65 anos e me diga se essa impressão de velhinho realmente se confirma.
 Pois vou dizer que a maior parte das pessoas com 60 anos que eu conheço é absolutamente capaz, ativa, jovem de cabeça, atualizada e produtiva. Além, claro, da super bagagem que traz nas costas e a enorme capacidade de contribuir.
 Mas o que acontece com essas pessoas? São descartadas pelo mercado.
Não podemos nos esquecer que a população brasileira está envelhecendo e a nossa jovem pirâmide populacional está se invertendo. Segundo um levantamento do Ipea, o Brasil deve envelhecer nos próximos 30 anos o que a Europa levou séculos. Em 2040, mais de 57% da população em idade ativa terá mais de 45 anos. Não se pode ignorar esse fenômeno social.
Está na hora das empresas aprenderem a aproveitar melhor tanta sabedoria, networking e experiência que está disponível por aí. Seja encontrando formatos mais flexíveis de trabalho, novos modelos de contrato ou diferentes maneiras de se relacionar com essas pessoas.
O importante é quebrar esse paradigma atual das práticas e políticas de recursos humanos e acabar com o preconceito contra a idade. Afinal, o novo cenário está logo ali e o mundo terá de se adaptar a ele. Que o faça da forma mais inteligente possível.

PENSE


SEALS

ALGUMAS COISAS QUE PODEMOS APRENDER COM OS SEALS 
* Elite da Marinha Americana


Procure ser ético acima de tudo. O líder ético nem sempre aparece nas empresas, mas é uma qualidade indispensável dos que são excelentes. Ter um pensamento ético ajuda muito na tomada de decisões e principalmente no engajamento do time.
Fique calmo. Assim como um CEO, o militar é treinado para estar confortável com o risco, mesmo quando as informações não são satisfatórias. Acontece que essa habilidade é raramente repassada para os membros do time.
Tempos difíceis ensinam adaptação. Quem é iniciante no mundo dos negócios deve pensar em momentos desafiantes como um treino para enfrentar a competição. Fases complexas ampliam a sua capacidade de se adaptar a diversos cenários. A própria sigla dos SEALs é derivada da capacidade do time de operar em qualquer superfície: sea, air or land. Bons líderes se adaptam às situações mais facilmente e não se desesperam quando se deparam com um cenário não esperado.

Jorge Amado

Considerado “garoto de recados dos comunistas”, o nome de Jorge Amado, morto em 2001, aparece em um documento confidencial da CIA, agência de inteligência dos Estados Unidos, no início dos anos 1950.


Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o escritor baiano era um dos intelectuais monitorados pelo espiões norte-americanos por causa da ligação com o comunismo. São ao menos 27 os relatórios que mencionam o romancista brasileiro.
Qualquer indício de simpatia aos comunistas importava aos EUA durante a Guerra Fria (1945-1981). Por conta da “ameaça”, os passos do escritor passaram a ser seguidos. Amado, por exemplo, não podia nem mesmo entrar em território norte-americano. A lei de imigração passou a barrar os vistos de intelectuais “suspeitos” a partir de 1952.
Além dele, o escritor colombiano Gabriel García Márquez, o mexicano Carlos Fuentes, o argentino Julio Cortázar e o poeta chileno Pablo Neruda também tiveram o ingresso impedido.
Antes secretos, os documentos que mostram o interesse dos americanos pelo baiano foram liberados ao público pela CIA no final de 2016. Cerca de 11,1 mil papéis falam sobre o Brasil.
Espionagem ‘interna’
Amado também foi o escritor mais espionado em seu próprio país, de 1936 (sua primeira prisão) até 1985 (fim da ditadura), como mostrou reportagem da Folha, em 2001, ano em que morreu, aos 88 anos.
A espionagem do governo brasileiro iniciou em 1936, quando ele foi preso pela primeira vez no Rio, acusado de participar do levante contra Getúlio Vargas. Documentos mostram que ele foi vigiado no Brasil até, ao menos, 1985, no final da ditadura militar.
Seus livros chegaram a ser queimados em praça pública por ordem de Getúlio Vargas.
Na década de 1950, ele passou a figurar com frequência nos relatórios da CIA, aparecendo quase sempre ao lado do amigo Pablo Neruda.
Ambos atuavam no Conselho Mundial da Paz, órgão criado por intelectuais em 1949, que combatia o uso de armas nucleares, como as lançadas pelos EUA no Japão, e promovia eventos culturais, como seminários e premiações.
Ainda conforme a Folha, foi durante um congresso organizado por Amado e Neruda em Santiago, em março de 1953, que o brasileiro recebeu a notícia de que a saúde de seu amigo Graciliano Ramos havia piorado.
Ele, que havia sido convocado a deixar o Chile de imediato para comparecer ao enterro de Joseph Stálin, optou por ir ao Rio visitar Graciliano, que morreu em seguida.
“É ridículo para qualquer um acreditar que os líderes comunistas estejam interessados em intercâmbio cultural”, dizia um dos papéis sobre as atividades dos amigos.
Em um memorando de 1948, Amado é acusado de fazer “propaganda comunista” depois que “os russos detalharam o programa” a ser divulgado no Brasil.
O escritor nascido em Itabuna foi deputado federal do Partido Comunista Brasileiro (PCB), eleito por São Paulo, e participou da Constituinte de 1946. Quando o PCB entrou na ilegalidade, em 1948, o autor se exilou em Paris.
Outro documento, de 1949, denuncia a distribuição de “literatura comunista” aos professores uruguaios e afirma que Amado teria negociado a impressão de panfletos na cidade fronteiriça de Rivera, no Rio Grande do Sul.
A incongruência de datas mostra que nem sempre os espiões acertavam, seguindo rumores que haviam escutado.
Eles, aliás, não se restringiam à espionagem política. Um relatório reconhece o talento literário de Amado, mas não perdoa o viés ideológico.
“O que aconteceu com a arte de Jorge Amado desde que ele se tornou um comunista? Um escritor de grande talento e prestígio… agora que eles [comunistas] o têm, claro, sufocaram sua criatividade e liberdade e fizeram dele um garoto de recados”, diz o texto.
“Quando eles permitem que ele tenha tempo para escrever, ele se torna confuso, atrapalhado, com histórias mal construídas”, comenta o espião feito crítico.
Coincidência?
A reportagem da Folha destaca que a crítica da CIA é muito semelhante à que lhe opunha uma parcela da crítica literária brasileira naquela época.
Ao jornal paulista, a pesquisadora Márcia Rios, da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), relembra que, quando “O Mundo da Paz” foi lançado, em 1951, o escritor Oswald de Andrade não poupou Amado.
“Procurei com tristeza nestas páginas aquele menino de gênio que 20 anos atrás aparecia no Rio com uma obra – prima na mão – ‘Jubiabá’. Está seco e reduzido a um alto-falante que mecanicamente repete as lições do DIP vermelho do Kremlin”, disse.
Os leitores, porém, não reagiam da mesma maneira. Márcia pesquisou as cartas que o escritor recebia de seus fãs. “Não encontrei censura alguma pelo fato de Jorge Amado ser comunista”, relatou a professora.
O brasileiro passou a ser investigado pela CIA três anos após publicar “Terras do sem Fim”, em 1945, seu primeiro livro nos EUA por uma editora de prestígio, a Alfred Knopf.
A perseguição ao escritor também explica por que seu segundo livro nos EUA foi publicado apenas 17 anos mais tarde. O sucesso, porém, foi estrondoso. “Gabriela, Cravo e Canela” ficou um ano na lista dos mais vendidos do jornal “The New York Times”.
Restrição e abertura
Se o engajamento prejudicou Amado nos Estados Unidos, facilitou sua recepção na antiga União Soviética, segundo Marina Darmaros, doutoranda na Universidade de São Paulo (USP). “Nem por isso, porém, suas obras estavam livres de cortes e alterações de cunho ideológico”, disse à Folha.
A pesquisadora constatou que a tradução de “Gabriela” teve alterações tanto em trechos sensuais como em referências a Lênin, por exemplo.
Ela teve acesso a estereogramas (mensagens secretas) em que intelectuais soviéticos discutiam se deveriam ou não publicar “Gabriela”.
O debate sobre a publicação foi motivado pelo fato de Jorge Amado ter se mostrado arrependido da militância após a divulgação do Relatório Khrushchov (1956), que denunciou os crimes de Stálin.
Ainda assim, “Gabriela” acabou saindo na URSS – em 1961, um ano antes da publicação nos EUA. As informações são da Folha de S.Paulo.

Fonte: Correio24horas

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Belo texto

Filosofar é Preciso



Na juventude, não devemos hesitar em filosofar; na velhice, não devemos deixar de filosofar. Nunca é cedo nem tarde demais para cuidar da própria alma. Quem diz que não é ainda, ou já não é mais, tempo de filosofar, parece-se ao que diz que não é ainda, ou já não é mais, tempo de ser feliz. Jovens ou velhos, devemos sempre filosofar; no último caso, para rejuvenescermos ao contacto do bem, pela lembrança dos dias passados, e no primeiro, para sermos, embora jovens, tão firmes quanto um ancião diante do futuro. É mister, pois, estudar os meios de adquirir a felicidade; quando a temos, temos tudo; quando a não temos, fazemos tudo por adquiri-la. 

Epicuro, in "A Conduta na Vida" 
Grécia Antiga 
-341 // -270 
Filósofo 

Humor do pai afeta o filho

Os estudos que consideram a ausência do pai descobrem problemas de adaptação dos filhos, assim como surgem comportamentos destrutivos e de riscos à medida que os filhos crescem. Óbvio que a presença e a compreensão do pai têm efeito contrário: facilitam a adaptação da criança e promovem um desenvolvimento psicológico saudável.

O estado mental do pai afeta diretamente seus filhos




Pesquisadores da Universidade de Michigan realizaram um estudo em que analisaram a importância dos pais na vida dos filhos. No curso da investigação, eles analisaram as informações de 730 famílias de todo o país. Estes psicólogos se concentraram em analisar os efeitos do estado emocional paterno com a consequente depressão e a ansiedade dos filhos. Assim, concluíram que estes problemas afetavam muito a relação dos pais com os filhos e, portanto, influíam diretamente no desenvolvimento deles.
Obviamente que se trata de um resultado previsível, algo assim como descobrir água quente próxima de um vulcão extinto. O mais interessante foi que o estado mental dos pais tinha implicações de longo prazo na vida de seus filhos. Sobretudo as relacionadas com as habilidades sociais como o autocontrole e a capacidade de trabalhar em equipe.



Por exemplo, foi verificado que quando os pais sofriam depressão durante os primeiros anos da vida de seus filhos, a depressão do pai podia afetar mais o desenvolvimento dos filhos do que a depressão ou a ansiedade materna. Nesse estudo também se comprovou que um nível elevado de estresse do pai, quando seus filhos têm de 2 a 3 anos, é particularmente danoso para o adiantamento cognitivo e da linguagem.
O mais curioso é que estes problemas surgiram independentemente da influência positiva que a mãe possa exercer. Entretanto, como se esperava, a influência dos pais foi mais evidente nos meninos do quem nas meninas. Provavelmente porque o filho se identifica mais com a figura paterna e, por isso, o seu comportamento é mais afetado.

Os danos provocam a ausência do amor paterno

Nos últimos anos, os psicólogos começaram a estudar mais profundamente o papel dos pais no desenvolvimento infantil. Assim, surgiram diferentes estudos que destacam a importância da figura paterna. Os psicólogos perceberam que quando as crianças que têm um pai que se envolve ativamente em sua educação, se mostram mais seguros para se descobrir e são mais estáveis emocionalmente à medida que crescem. Também apresentam um melhor desempenho acadêmico e desenvolvem maiores habilidades sociais.
Recentemente, alguns psicólogos da Universidade de Connecticut, analisaram os dados de 36 estudos que envolveram 10.000 pais e seus filhos e filhas. Estes pesquisadores queriam entender como um pai distante ou frio pode afetar o desenvolvimento de seus filhos. Os psicólogos descobriram que os filhos que se sentiam rejeitados por seus pais mostraram sinais de ansiedade e insegurança, assim como o comportamento mais agressivo e hostil.
Os resultados apresentados tornam claro de que os pais são tão importantes para o bem-estar psicológico de seus filhos como as mães, e que têm uma enorme responsabilidade no desenvolvimento cognitivo e emocional dos filhos.

Como melhorar o estado emocional dos pais?

A paternidade não é uma missão simples, sobretudo para os pais de “primeira viagem”. É normal que os pais, igual às mães, tenham seus medos, inseguranças e inquietações. A isto se soma o fato de que muitos pais se sentem obrigados a se mostrar fortes, e a ser o apoio emocional de suas parceiras, de modo que se sentem mais propensos a se sentirem emocionalmente mais sobrecarregados. Na verdade, esta situação os levam ao estresse elevado, situação em que será maléfica aos pequenos.

Como reconhecer os sinais de estresse

O primeiro problema é que muitos pais estão envolvidos em sua rotina diária e se sentem obrigados a ser o sustento e o chefe da família, que nem percebem que estão ansiosos e estressados. Por isso, o primeiro passo é reconhecer que está ansioso e estressado. Também é importante você perceber os detonadores do estresse antes que eles façam parte de sua vida diária. Se não puder eliminá-los, pelo menos minimize seu impacto.

Reserve um espaço para você

É importante que os pais tenham uma vida própria, além dos cuidados e da atenção que podem dar a seu filho. Para garantir este equilíbrio cuide-se para passar um tempo a sós com sua esposa, assim como de não abandonar completamente o seu hobby. Esse tempo vai lhe permitir relaxar e repor as suas energias. Lembre-se de que para cuidar bem de seu filho, primeiro deve se cuidar.

Expresse seus sentimentos à sua esposa

Falar sobre seus temores, suas preocupações e ansiedades lhe ajudará a se sentir melhor. Não há necessidade de esconder seus sentimentos e expectativas. Na verdade, é importante que sua parceira reconheça sua preocupação em ser um bom pai e dê valor aos sentimentos que permitam fortalecer os laços que os mantêm unidos.