terça-feira, 26 de maio de 2015

100 apostilas gratuitas para o ENEM

Olá estudantes! Hoje posto essa importante informação que me chegou via email pelo Canal do Estudante


Quem vai prestar o Enem, já está cansado de saber que o segredo para se dar bem nessa prova é preparação. O exame é super concorrido devido ao fato de ser usado como pré-requisito para a participação em programas do Ministério da Educação (MEC), que garantem o ingresso no ensino superior público ou privado.
Quando falamos em preparação para realizar uma avaliação tão importante, temos em mente que devemos estudar, bastante, não é mesmo?
E todos sabem que deve-se mesmo estudar todas as disciplinas apresentadas no ensino médio. E para isso, é fundamental encontrar bons materiais de estudo.
Para facilitar sua busca, o site Rede de Cursos disponibiliza para você 100 apostilas gratuitas para estudar para o Enem.
Conteúdo das apostilas
As apostilas, que você pode baixar grátis, reúnem explicações e diversos exercícios para treinar seus conhecimentos, além dos seguintes temas, entre outros: Matemática, Biologia, Geografia, História, Inglês, Literatura, Português, Química, Filosofia e Sociologia.
Para baixar gratuitamente, é só acessar o site Rede de Cursos.
Bons estudos!

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Assim se terceiriza a humanidade

Hoje posto o excelente texto da advogada Andréia Scheffer
Especialista em Direito Processual Civil.
Integrante da Comissão Especial do Jovem Advogado
Integrante Comissão Especial da Criança e do Adolescente da OAB/RS.
Coordenadora de grupo de estudos da ESA.
Professora de cursos jurídicos.




Pensemos a terceirização como um ato de contratação de terceiro para cumprir atividade originalmente pessoal. Num momento em que muito se discute a questão da terceirização no âmbito trabalhista, reflito se esse ato de delegação não está culturalmente enraizado em nossa sociedade e não somente na esfera laboral.
Crescemos em uma sociedade individualista e irresponsável, onde a solidariedade perdeu espaço e a responsabilidade é delegada. Somos educados para transferirmos nossas responsabilidades a terceiros. Somos culturalmente incentivados a responsabilizar os outros por nossas infelicidades.
Entregamos à escola a responsabilidade pela educação de nossas crianças e adolescentes, entregamos aos representantes eleitos, o pleno exercício da política pública. Terceirizamos atividades indelegáveis, inclusive a culpa.
De quem é a culpa pelo atual colapso social? De quem é a culpa pela falta de investimento
 em saúde, educação, transporte e outros serviços básicos? De quem é a culpa pela alta criminalidade que vivenciamos? Precisamos apontar alguém e culpar, essa é a lógica do jogo afinal. Alguém deve responder pelo nosso sofrimento.
E quando achamos o culpado, queremos punições. Queremos punições severas. Queremos vingança. Mas quando este culpado estiver refletido no espelho? Este que não acompanha o desenvolvimento de seu filho, este que não valoriza o professor, este que vende o voto em troca de favores ou dinheiro, este que relativiza a corrupção, este que lê este manifesto e não se identifica. Como trataremos este irresponsável?
Sugiro que deixemos a hipocrisia de lado e passemos a olhar pra dentro, dentro de si, dentro de casa, dentro da escola, dentro da sociedade. Sejamos pais atuantes, cidadãos militantes, que de “pacato cidadão” tenhamos somente a música. Deixemos de lado o papel de meros financiadores e passemos a agir, a omissão também é corrupção.
Há tempos inventamos tecnologias para facilitar nosso dia a dia e nos tornamos reféns de nossas próprias criações. Há tempos, investimos nosso tempo em engenhos que facilitariam nosso tempo. Há tempos não damos tempo aos que precisam do nosso tempo. E ante a falta de tempo, transferimos nossas responsabilidades mais intrínsecas.
Portanto, sugiro que tenhamos tempo para nossas crianças, tenhamos tempo ainda que este tempo seja curto, tenhamos tempo de qualidade, afeto e zelo.
Tenhamos tempo para a cidadania plena, exijamos o cumprimento das promessas de campanha de nossos candidatos, temos o direito, temos o dever, tenhamos vontade e coragem!
Recentemente li uma frase, cujo autor desconheço, que reflete bem o pensamento que estou tentando expor, dizia assim: “Por um mundo com menos dedos apontados e mais mãos estendidas”.

Estendamos as mãos a quem precisa, estendamos as mãos para pedir apoio e nos demos as mãos em prol da união. Reflitamos sobre nossa real responsabilidade, deixemos de nos vitimar pela corrompida sociedade e passemos a agir!

Link com 75 obras de Filosofia !

Queridos leitores recebi semana passada via email uma preciosidade.
Um arquivo com 75 livros de Filosofia.
Deixo aqui o link pra vocês, eu já imprimi "O Anticristo de Friedrich Wilhelm Nietzsche que foi um filólogo, filósofo, crítico cultural, poeta e compositor alemão do século XIX.





Copiem e colem no navegador :


https://drive.google.com/folderview?  id=0B4UG_F2QeFUlWWI4ZmU4alhraWs&usp=sharing 

terça-feira, 19 de maio de 2015

O IDEALISMO ALEMÃO E A ARTE

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE (UFCG)
antunnes_ferreira@hotmail.com
A realização de simpósios para discutir pontos da filosofia de Arthur Schopenhauer nasceu no interior da Paraíba há cerca de 2 anos e está em sua 3ª (terceira) edição. Nesta edição, discutir-se-ão pontos sobre o pessimismo metafísico, o otimismo prático, idealismo alemão e a interseção entre filosofia e arte.
O evento encerra o projeto PIBIC-EM 2014 intitulado: Idealismo alemão e esquerda hegeliana, e o grupo de pesquisa de mesmo nome, que foi mantido pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e a Escola Técnica e Saúde de Cajazeiras (ETSC).
09 Jun 2015 Ocorrerá em 21 dias
09 Jun 2015 10 Jun 2015
08 Jun 2015
Dia 09 de junho de 2015 (terça-feira)
 → Mesa redonda - Abertura do Fórum
→ Mesa redonda - Abertura do Fórum
Tema: Arthur Schopenhauer: entre o pessimismo metafísico e o otimismo prático
Horário: 19h
Local: Auditório da FAFIC (Cajazeiras/PB)
Palestrantes:
Prof. Dr. Jair Lopes Barboza (UFSC)
Prof. Dr. Deyve Redyson Melo dos Santos (UFPB)
Mediador: Prof. Me. Antunes Ferreira da Silva (UFCG)
 Dia 10 de junho de 2015 (quarta-feira)
Dia 10 de junho de 2015 (quarta-feira)
 → Apresentação do relatório final do Projeto PIBIC-EM
Horário: 09h
Local: Auditório do CFP/UFCG (Cajazeiras/PB)
Responsáveis: Prof. Me. Antunes Ferreira da Silva e Eduardo Guedes Kehrle Filgueira (bolsista)
→ Mesa redonda
Tema: O idealismo alemão: filosofia e arte
Horário: 09h30min
Local: Auditório do CFP/UFCG (Cajazeiras/PB)
Palestrantes:
Prof. Dr. Jair Lopes Barboza (UFSC)
Prof. Dr. Deyve Redyson Melo dos Santos (UFPB)
Mediadora: Profa. Dra. Thalyta de Paula Pereira Lima (UFCG)
→ Oficinas de artes
Horário: 13h30min
Local: Salas da ETSC / UFCG (Cajazeiras/PB)
1. Teatro
Mediador: Thardelly Pereira Lima
2. Música
Mediador: Maestro Everton Feitosa (Orquestra Uiraúna/PB)
3. Dança
Mediador: a confirmar
4.  Fotografia
Mediador: Gladson Cardozo de Souza Junior
→ Apresentações culturais e encerramento do evento
Horário: 19h30min
Local: NEC / UFCG (Cajazeiras/PB)
Música: Voz e violão – Sara Lorena (ex-aluna da ETSC/UFCG) e Forró pé de serra

Comissão organizadora:
- Prof. Me. Antunes Ferreira da Silva (UFCG);
- Profa. Dra. Thalyta de Paula Pereira Lima (UFCG);
- Eduardo Guedes Kehrle Filgueira (bolsista CNPq/PIBIC-EM);
- Alunos do grupo de estudo Idealismo alemão e esquerda hegeliana UFCG/CFP/ETSC.

Cajazeiras/PB - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)

A Menina Que Roubava Livros





Amigos leitores estou lendo o livro que deu origem ao filme e é muito bom, por esse motivo achei por bem postar em nosso blog o filme, divirtam-se !

TEOLOGIA SISTEMÁTICA I

Hoje tenho o prazer de aqui postar um texto de meu amigo pessoal, pastor protestante e assessor parlamentar Marcelo Gonzaga  *

A etimologia da palavra “teologia” vem da união de dois vocábulos da língua grega: theós e logos. Ambos significando: Deus e estudo (discurso, tratado). Foi o filósofo Platão que escrevendo sua obra: A República , que relacionou esta palavra para distinguir o mundo dos deuses. Devido a sua inserção na cultura grega, “teólogo”, passou a exprimir entre as artes gregas pessoas que homenageavam atividades divinas e suas obras. Mas, foi no segundo século d.C.; que Clemente de Alexandria (150 a 215), fez da teologia e seu estudo alvo referente à pessoa propriamente de Deus no cristianismo . Aqui se deu a separação entre o mito e Deus. Esta mudança conduziu a pesquisa das discussões a respeito de Deus, a um patamar acima das narrativas dos deuses do paganismo. No progresso desta linguagem dentro do mundo cristão, a Era Patrística, reconheceu o grau elevado de espiritualidade do evangelho joanino, das cartas e da literatura apocalíptica de João, reconhecendo-o como “O Teólogo”. Quando a divindade de Cristo foi colocada em debate, Gregório de Nazianzo (330-389) foi nomeado a defendê-la com posse desta nomenclatura. Já Agostinho (354-430), em sua obra a “Cidade de Deus” a destacou como “razão e discurso sobre a divindade” (VIII; 1). Chegamos ao notável Pedro Abelardo, que em sua obra: Theologia Christiana deu a forma de doutrina ao estudo da Teologia. Todo este avanço e desenvolvimento conduziram este vocábulo à definição de “ciência que trata sobre Deus”, “pensamento ou raciocínio sobre Deus”. Daí vem o conceito homogêneo e inequívoco: teologia é Deus revelando a si mesmo, Deus revelando-se ao homem, e o ser humano de posse deste conhecimento discursando sobre Deus. Vejamos que, este conceito ocupa um lugar singular entre os reformadores, pois, Filipe Melanchthon (1497-1560), amigo e conselheiro de Martim Lutero, designa entre os eminentes reformadores o título de “O Teólogo” a Calvino (1509-1564).
I – O ARGUMENTO DA FÉ
O caminho que o “teólogo” se propõe a trafegar em sua busca pelo conhecimento de Deus está evidente na fé . É a linha da largada. O elo inevitável que se dimensiona diante de todas as complexidades do campo teológico. Deixemos um dos grandes homens de nossa história nos objetivar :
“não busco compreender para crer, mas creio para compreender. Efetivamente creio, porque, se não cresse, não conseguiria compreender”.
O grande reformador Martim Lutero nos legou uma explanação mais suscinta, mas de suma relevância, de modo ao mesmo tempo conclusivo e existencial :
"O objeto da Teologia são o ser humano pecador e perdido e o Deus justificador ou salvador".
A teologia chama a fé. É, em primeiro lugar, a própria fé que, por sua dinâmica interna, busca compreender o que crê. O resultado é que a crença é leal a sua fonte, e aquele que verdadeiramente é "crente” é também, a pedido da fé, um "teólogo". Pois, a teologia é naturalmente a fé buscando compreender. Sem o estudo da palavra que alimenta o conhecimento do teólogo, o irracionalismo, a superstição, ou a superficialidade e o sincretismo fragiliza o crer. Para Soren Kierkegaard :
“A fé é a mais alta paixão de todo homem. Talvez haja muitos homens de cada geração que não a alcancem, mas nenhum vai além dela. Se encontram ou não muitos homens do nosso tempo que não a descobrem, não podem dizê-lo, porque apenas me é lícita à referência a mim própria, e não devo ocultar que me resta ainda muito que fazer, (...). Mas mesmo para aquele que não chega até a fé, à vida comporta suficientes tarefas, e se as aborda com sincero amor, a sua vida não será perdida, mesmo que não possa ser comparada à existência dos que aprenderam e alcançaram o mais alto”.
A teologia fala de Deus somente na base da revelação, cujo acolhimento chama-se fé. A fé é uma instância superior, acima do conhecimento, além da ação. Teologicamente, a fé converge para uma nova existência que se fez presente no aparecimento do Cristo neste mundo e na história. É nova vida, é a própria espiritualidade emergindo-se em uma nova dimensão. E no desdobramento do “novo” na vida do crente, que ocorre a intelectualização da verdade teológica, o processo do raciocínio lógico do espiritual e a nova práxis. E a abrangência deste conceito se dá no dogma da ciência divina na inserção da vida de fé na comunhão da palavra bíblica : “Logo a fé é pelo ouvir, e ouvir pela palavra de Cristo”
.
II – O ARGUMENTO DA RELIGIÃO
Sem um aprofundamento etimológico do vocábulo religião, quero trazer à luz a idéia do pensamento de Cícero , que no uso de sua capacidade e influência interpretou o termo do latim como se originando em “relegere”, reler: prática de idéias e ações de tudo que se refere ao divino, uma releitura. Isto nos conduz para o conceito teológico, que religião expressa definitivamente um relacionamento seja ele coletivo ou individual entre dois seres. Neste contexto, somos levados naturalmente ao relacionamento entre Deus e o homem; já que ambos possuem aspectos semelhantes no universo: ambos são reconhecidos como seres inteligentes de alto grau, acima do que é conhecido, promovendo interatividade, superação e desagregação entre si. É aqui que o curso na história e da vida se encontra ou se separam. Pois, o que fica evidente, é que há dois sedimentos que constroem o fundamento essencial da existência humana e espiritual: o homem e Deus.
2.1. O homem no centro de tudo
Quando o veio religioso esta concentrado neste patamar, definimos que o relacionamento com o divino vem do pressuposto da existência, e do próprio homem. O fundamento está concentrado em certas expressões ao longo do tempo que se equivalem e se agrupam formando seu entendimento natural. Cito algumas destas considerações:
2.1.1. Legalismo
Que é a tendência de se crer que minha espiritualidade vem da condição da busca pessoal da minha afirmação diante do coletivo como ser especial por meio daquilo que faço. Da prática constante dos exercícios e normas que me são impostos, e pelo cumprimento destas obrigações. Essa expressão já e também denominada de nominalismo (governo da lei), moralismo (governo da moral).
2.1.2. Oportunismo
Todo o relacionamento espiritual tem base na visão de mão dupla, “dando que se recebe” uma constante troca entre o humano e divino. A bênção que favorece o mais frágil dos seres em relacionamento tem base na troca de bens espirituais, objetos materiais e condições preestabelecidas de doação de atividades e sacrifícios. Na história da religião este conceito tem fortes ligações com clericalismo (governo do clero); o colonialismo (governo europeu sobre América, a África e a Ásia).
2.1.3. Eudemonismo
É a elevação do ser pessoal a um nível de correlação com a divindade. É quando o ser divino fica exposto a cumprir com os desejos de seu aliado mais íntimo: o homem. O divino fica responsável para agradá-lo, engrandecê-lo e destacá-lo. Neste caso o homem é a medida de todas as coisas, nesta teologia só podemos ter uma compreensão de Deus através da ótica humana. Neste aspecto, o homem elegeu a si mesmo com seu deus. Aqui fica explícita a prática no campo de trazer benefícios ao alcance do homem. O poder divino esta a mercê do homem que o busca e o usa quando quiser. O mundo espiritual existe para o privilégio do homem e seu bem- estar. Esta idéia faz referência do culto à personalidade, a forma de governo político (imperialismo), tem inserção no enfoque do ego (egocentrismo).
2.2. Deus no centro de tudo
Este é o segundo e relevante aspecto, até que poderia ser o primeiro, mas, fica aqui o ajuste, já que este fundamento já foi combatido devido o desvio provocado pelos desmandos da religião na era medieval. Este aspecto da religião, junto com o primeiro é o que torna geralmente reconhecida a religião. Em toda religião há o divino. Por teoria, a divindade deveria ser ou estar em primeiro lugar. Mas, como já vimos o antropocentrismo sugere ao contrário. O teocentrismo, também chamado de Teísmo, é quando na centralidade das questões que envolvem a vida, a história, o tempo, o homem e seus desdobramentos; Deus tem o governo, o centro a posição áurea. Para uma compreensão melhor da essência do divino na existência do universo, a teologia oferece as razões de seu legado permeando a religião, mesmo quando esta se desfavorece pela ação do homem. Então vejamos com olhar teológico o mover de Deus diante das complexidades de nossa existência:
1.2.1. O gemido da criação
A resposta da existência de um universo complexo clama pela teologia. A ciência tem contribuído no campo das exatas e humanas; mas, buscam por espaço, por fontes e “mares nunca dantes navegados” . Clama por Deus diante dos mistérios e abalizar suas pesquisas. A teologia é a resposta do Criador ao mundo, a sua criação. Este é o mistério da encarnação, da imanência, este é o motivo do corpo de Maria, não sofrer aborto, não ter rejeição . O Deus encarnado não era estranho, não era desconhecido da sua criação mais expressiva: o homem, neste caso peculiar, mulher . É em Paul Tillich (pág. 75, 2005) que temos a projeção da idéia:
“A relação divino-humana é uma correlação também em seu aspecto cognitivo. Simbolicamente falando, Deus responde as perguntas do ser humano, e, sob o impacto das respostas de Deus, o ser humano formula suas perguntas. A teologia faz as perguntas implícitas na existência humana. Isto é um círculo que conduz o ser humano a um ponto em que pergunta e respostas não estão separadas. Este ponto, contudo, não é um momento no tempo. Ele pertence ao ser essencial na qual ele foi criado... e da qual se encontra separado... Um sintoma tanto da unidade essencial quanto da separação essencial do ser humano finito com relação a sua infinitude é sua capacidade de perguntar ao qual ele pertence: o fato de que precisa perguntar pelo infinito indica que se encontra separado dele”.
1.2.2. A autopreservação da existência humana
Neste aspecto as matizes que envolvem a vida humana no planeta Terra, contempla a busca pela sobrevivência, pelo bem estar, a cura, a longevidade e o futuro. A vida humana, diante da modernidade e agora pós-modernismo não tem âncora alguma – tudo é relativo. O desfecho deste trajeto é a busca constante pelo entretenimento, pela psicanálise e o mundo virtual. Parece que estamos dissecando todos os recursos de nossa espécie, tanto no âmbito físico como espiritual. Entretanto, este acontecimento não é exclusivo desta geração. A vida já teve em eras passadas seus caos e seus dramas na eminência do desaparecimento e do fim. A terra bíblica já foi “vazia”; “inundada”, “purificada”, “conquistada”, “libertada”, “reconquistada” . Acredito até que entre todos os lugares no Universo em que há vida, que tem existência de alguma coisa, ou ser; aqui é o único lugar de rebelião permanente contra Deus. Aqui, somos o “filho prodigo” ; ao entrarmos nesta vida, logo, buscamos a “parte dos bens que me pertence”. É neste mundo, nesta vida que a teologia encontra seu maior desafio. É o verdadeiro “elo perdido” , a vida perdida, o homem perdido, em um planeta perdido, ou pródigo como as “parábolas dos perdidos” . Nunca se precisou tanto de Deus, de teologia, como agora. E mais do que nunca a teologia neste momento pede, urge por espaço, por respirar, por nos inspirar. Detenhamo-nos na visão de Jürgen Moltmann (pág.211) em sua inserção teológica:
“... Por conseguinte, a criação não é o que é dado e, presente, mas o futuro disso tudo, a ressurreição e o novo ser. Deus não está em alguma parte do além, mas ele vem e está presente, como aquele que vem e promete um novo mundo de vida plena, de justiça e de verdade, e com essa promessa põe novamente em questão este mundo. Não por que o mundo nada é para o que espera, mas por que ainda não é aquilo que está colocado a sua frente. Pelo fato de o mundo e a existência humana serem assim questionados, eles se torna “históricos”, pois são postos em jogo e colocados na crise do futuro prometido. Quando o novo aparece, o velho se manifesta. Quando algo de novo é prometido, o antigo se torna passageiro e superável. Quando é esperado e aguardado algo de novo, o antigo pode ser abandonado. Assim a “história” resulta a partir de seu término, a história daquilo que acontece, o qual é percebido na promessa prévia e iluminadora. A escatologia não é soterrada pela areia movediça da história, mas, ao contrário, mantém a história viva por meio da crítica e da esperança...”.
III – O ARGUMENTO DO TEÍSMO
Neste instante, quero ressaltar a relevância desta doutrina, que em si mesma já detém ao longo da história seu legado. Há alguns que se apropriam deste argumento postulam alguns falsos pressupostos:
Fideísmo: negação de qualquer esforço para se crê em Deus;
Racionalismo: ter como fundamento da crença a história escrita e provada;
Voluntarismo: colocar a sua fé no ato de sua vontade em querer e não querer crer.
Veremos então, a complexidade de situar Deus na concepção humana, livre e racional. Só podemos nos aventurar em tal “mundo abscôndito” se partirmos do pressuposto teologal: Deus o fundamento essencial, primário e último da crença que é inerente e está presente no homem. Nele está a certeza e a resposta do apelo do mundo e da humanidade. Teísmo é aceitar que no desenrolar da história, das civilizações a idéia de Deus é operante, sendo o conceito elementar da vida, da existência e das dúvidas mais profundas do íntimo humano. Isto não é um ato violento, contra razão, e sim, antes de tudo a formulação intelectual inteligente e humana que rompe o lacre cognitivo quando a revelação teológica lhe chega à percepção. O teísmo é o caminho de Siloé : doente nos olhos, na origem, desde o útero, ao ser tocado e untado, vai ser esgueirando até o tanque. Crer em Deus é está sob a ordem, coordenação, um movimento delineado entre o natural e o sobrenatural. Seus atributos, sua natureza, sua essência, seus nomes, sua pessoa só enxergamos quando lavamos o rosto, removendo junto com a saliva que ele misturou no pó que outrora usou para nos criar, a cegueira que atrofiou a minha existência. E o véu saindo do rosto de Moisés , o descosturar do véu do templo, o rasgar do corpo. Observemos dois elos teológicos desta questão:
1. Um Deus Zeloso
A escritura do AT denota a clarividente idéia do processo de estabelecer o monoteísmo no desenvolvimento da vida e da história de Israel . Todos os seus desastres e acidentes tiveram nesta cláusula sua contribuição mais relevante: “não terás outros deuses diante de mim” .
O politeísmo, a idolatria tornou-se o âmbito da ação do Deus dos Hebreus nas páginas do AT. A verticalização deste comportamento teve seu momento áureo no retorno do cativeiro babilônico. Nunca mais a nação israelita testemunhou alguma concorrência do Deus de Israel com algum outro deus. Segundo Hermisten Maia “A idolatria de Israel só foi curada após a volta do exílio babilônico” (pág. 128, 2007) .
2. Um Deus indisponível
Em uma continuidade circular, este outro elo se refere à condição que só o temos, ou o encontramos na nossa dimensão. É no nosso mundo, neste ambiente e adequado há este tempo que nos dispomos dele. E isto ocorre no sentido de que Ele que vem a nós, não temos como ir a ele ou chegar até onde ele está no seu habitat natural ou divino. Este é o segredo da oração dominical : “Pai nosso que estás nos céus”.
Aqui está inserido o fundamento da oração. Trazê-lo e comprometê-lo com este mundo, com a vida, com a história está relacionado mediante a sua vontade e a sua vinda. E finalmente nossa ida até Ele está condicionada a sua vontade e convocação : “... ninguém vem ao Pai, senão por mim”.
CONCLUSÃO
O progresso atual da Teologia Propriamente Dita é amplo. Temos algumas definições:
A pesquisa sistemática da revelação peculiar de Deus documentado no cânon bíblico;
É a ciência que tem como objetivo a glorificação divina e o estabelecimento de sua vontade;
É o resultado do conhecimento que nos conduz a manifestação soberana e pessoal de Deus na história e na vida humana;
Não é a busca do homem, mas, a revelação de Deus, natural, progressiva, mediadora e mais acessível possível à humanidade.
E todo este conhecimento complexo inicia em Deus : “No princípio criou Deus os céus e a terra”. O aspecto desta ciência estava contido nele no primeiro momento de tudo : “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. E é requisito primordial de convicção que na teologia propriamente dita a fala, a voz que chama que interage que se estabelece em primeira instância é a divina : “Havendo Deus antigamente falado... falou-nos...”.
Neste aspecto o homem tem o privilégio de acompanhar o desdobramento desta revelação; pois, sem Deus falando, revelando-se, atraindo a humanidade não há e não se faz teologia. 

A morte do demônio





Um filme de terror só pra relaxar, rs




quinta-feira, 14 de maio de 2015

O Estado segundo Bourdieu

Ainda continuamos a trazer textos do Sul país mais precisamente do site que muito gosto Estado de Direito lá do Rio Grande do Sul abordando um assunto pertinente a nosso blog a “Educação”

26 de abril de 2015 | Jorge Barcellos
Jorge Barcellos – Doutor em Educação pela UFRGS, Chefe da Ação Educativa da Seção de Memorial da Câmara Municipal de Porto Alegre.
Uma obra que deve ser de leitura obrigatória dos operadores de direito acaba de chegar ao Brasil dois anos após seu lançamento na França. Sobre o Estado, de Pierre Bourdieu (1930-2002), do autor de Questões de Sociologia, é a maior obra dos diversos cursos que proferiu ao longo dos vinte anos em que foi professor de Sociologia do prestigioso Collège de France. Como as aulas de Michel Foucault e Jacques Lacan, que geraram inúmeras obras, Sobre o Estado é apresentado como a primeira de futuras publicações dos seminários de Bourdieu no Collège, além de seus cursos na École Pratique des Hautes Études (EPHE) e na École des Hautes Études em Sciences Sociales (EHESS).
Bourdieu ministrou vinte e quatro aulas sobre o Estado em um curso de três anos, entre dezembro de 1989 e dezembro de 1991. As edição das aulas foram fixadas por Patrick Champgane, Remi Lenoir, Franck Poupeau e Marie-Cristine Rivière a partir dos textos escritos, comentários orais e anotações nas margens dos textos num processo de transcrição que passou por ligeiras correções estilisticas para preservar o tom didático assumido por Bourdieu em suas aulas, talvez um dos maiores méritos da publicação. De facil leitura, a obra trata de tema já introduzido pelo autor em um capitulo de A Nobreza de Estado e em artigos no final dos anos 70. A rigor, a palavra “Estado” só aparece nos livros de Bourdieu publicados a partir do início dos anos 80, a partir de sua aula inaugural no Collège de France. Por diversas vezes, Bourdieu se referiu ao conceito de “Estado” sem expressá-lo diretamente, referindo-se a ele como “ideologia dominante”, “representação política”, “ciências do governo”, etc. Não fazia uma análise crítica quando usava expressões como “Estado-providência” ou “Estado-nação”.  Um artigo intitulado “Descrever e prescrever: as condições de possibilidade e limites da eficácia política”, chegou a circular nos cursos de graduação em ciência política, mas não era suficiente para dar uma ideia geral da concepção de Bourdieu sobre o Estado.
A publicação de Sobre o Estado vem para suprir esta lacuna entre os leitores de Bourdieu. Superando a concepção marxista que vê o Estado como “aparelho a serviço da classe dominante”, Bourdieu enuncia a sua  de estado como “instância oficial, reconhecida como legitima, isto é, como detentora do monopólio da violência simbólica legitima” em 1984, na primeira edição de Homo Academicus, um fascinante estudo sobre as relações de poder no meio universitário. Quer dizer, até a publicação de Sobre o Estado, Bourdieu oscilou entre uma concepção de estado como instituições e agentes sociais, que são produtores/produtos do Estado.
A razão disso é a dificuldade que há, para os franceses, de distinguir entre serviço burocratizado e serviço público, isto é, elaborar um conceito do que seja um bem público propriamente dito. Sobre o Estado, de certa forma, é um “cavalo de batalha” para pretensões engajadas do autor: foi na época das aulas que originaram esta obra que  Bourdieu volta sua crítica às políticas neoliberais, justamente as que retiram a responsabilidade social do Estado e pregam o desmantelamento da coisa pública. Bourdieu era totalmente contrário a esse movimento e o estudo do Estado aprofunda o estudo de sua famosa teoria dos campos porque trata de incluir o campo das instituições estatais.  A importância do estudo do Estado, para Bourdieu é evidente: é o campo por excelência, é o campo onde desaguam as lutas efetuadas nos diferentes campos – econômico, artístico, etc.
As fontes utilizadas por Bourdieu já foram utilizadas em estudos anteriores: seja suas pesquisas feitas na Cabília, seja sua pesquisa feita com camponeses do Béarn ou ainda seus estudos sobre alta função pública, oque vemos em Sobre o Estado é a elaboração de um modelo genético do Estado central a todas as formas de dominação. Na situação do curso elaborada por seus editores emerge a síntese da proposta: “O Estado não se reduz a um aparelho de poder a serviço dos dominantes nem a um lugar neutro de reabsorção dos conflitos: ele constitui a forma de crença coletiva que estrutura o conjunto da via social nas sociedades fortemente diferenciadas “(Sobre o Estado, p.493).
Bourdieu inicia seu curso recuperando a tradição de estudos do Estado na obra de Perry Anderson e Barrington Moore. Por esta razão, concentra-se na gênese do estado francês e inglês tanto para ver a gênese da lógica estatal como a emergência do campo burocrático. Bourdieu vê a burocracia como um campo, mas também como o lugar onde recursos e lutas sociais estão em jogo. Nela está a  origem da concentração do monopólio da violência, numa inspiração que remete aos estudos de Norbert Elias e Charles Tilly que oferecem, de um lado, a ideia da concentração da força armada a partir da burocracia e por outro, a ideia da concentração do capital econômico na cidade “O Estado é o principal produtor dos instrumentos de construção da realidade social”, diz Bourdieu. Ele resgata ao longo da obra o fato de que os ritos do Estado produzem divisões sociais e difundem princípios de divisão e organização da visão de mundo das demais classes sociais.  A sua afirmação do “Estado como campo em que se desenrolam lutas tendo por objeto o poder sobre outros campos” é uma das mais brilhantes concepções de poder, mas é, ao mesmo tempo, problemática para os pesquisadores: como narrar simultâneas lutas sociais? Não deixa de ser fascinante, no entanto,  a ideia de que o capital jurídico é apenas um aspecto do capital simbólico encarnado na esfera do Estado: é por esta razão que, combinando monopolização e universalização do poder, Bourdieu nos apresenta uma proposta fascinante para a compreensão do estado moderno sob a influência neoliberal.
Bourdieu começa suas aulas analisando o Estado dinástico em primeiro lugar para depois o Estado “estatal”, quer dizer, faz um caminho que vai “da casa do rei à razão de estado“ onde o triunfo do estatal é apenas o campo no qual são construídas um conjunto de novas realidades pelas ” instituições participantes do público” . Bourdieu descreve em suas aulas como inventa-se as instituições burocráticas do Esado que vão do escritório ao secretário, de assinaturas à decretos e toda uma série de registros descritos em um método que muito se assemelha a genealogia proposta por Michel Foucault. A diferença fica no fato de que, enquanto para o primeiro, o espirito do marxismo se faz presente na defesa da ideia de dominação, no segundo, a crítica à ideia de dominação se faz pela defesa da existência do que Foucault chama de “dispositivo”. O que tem repercussão na análise de fatos contemporâneos: assim, não é possível mais compreender, por exemplo, a natureza do estado brasileiro sem analisar a constituição dos elementos de seu universo burocrático e o poder que o Estado assimilou no período  republicano, eis a primeira inspiração de Sobre o Estado.
Mas há mais. O que é inovador na obra de Bourdieu é a descrição da dimensão simbólica do Estado,  isto é, sua visão dele como espaço de relações de força e sentido, produtor de princípios de classificação, de estruturas mentais, numa espécie de “teoria materialista do simbólico [que] tem que dar conta dessa obediência generalizada de que se beneficia o estado sem apelar a coerção” (Sobre o Estado p. 22). Ora, não foi exatamente este o ponto dos movimentos de junho, uma revolta contra a obediência ao Estado protagonizado pelos jovens? Por esta razão, em suas aulas Bourdieu dá um papel especial ao nascimento dos parlamentos na França e Inglaterra no séculos XVIII: é ali que está o nascimento da autonomia da esfera política, é ali que se dá propriamente o nascimento da razão política, alí é o lugar da gênese daquilo que se convencionou chamar de razão de estado “ele se autonomiza, se diferencia e, porque se diferencia, torna-se o lugar de uma luta” (Sobre o Estado, p.117). À maneira de Marshal Sahlins, Bourdieu combinando a história dos indivíduos com a estrutura e mostra que os parlamentos são a mais dinâmica das estruturas do Estado porque são  o “lugar onde, sobre problemas conflituosos que opõem grupos de interesse, debate-se de acordo com as formas, segundo as regras, publicamente’ (Sobre o Estado, p. 145.). Por essa razão, a metáfora do teatro é apropriada para descrever a política, já que sempre “há pessoas que puxam os fios e que as verdadeiras implicações estão em outro lugar” mas isso não quer dizer que não faça sua enérgica defesa adiante “o parlamento é o lugar da política legitima, o lugar em que se institui uma maneira legitima de formular e regular os conflitos entre os grupos” (Sobre o Estado p.199).
Outro ponto de notável intuição de Bourdieu em suas aulas refere-se a constatação da existência de um “mercado jurídico” já no século XII na Europa definido pela existência de vários direitos mutuamente exclusivos nas jurisdições laicas à religiosas e dos comuns às das cidades. Ora, não estaria aí a origem da enorme complexidade – para evitar o termo “confusão” – existente hoje no campo da interpretação jurídica dos operadores de direito? Quer dizer, para a constituição do estado moderno é problemático que o próprio campo do direito esteja em estado de tensão permanente, de conflito de produção legal e sua interpretação,  eis a questão. E o que dizer da descrição que Bourdieu faz das relações entre o rei e o parlamento? Ora, ao questionar que tipo de poder tem o parlamento na época da monarquia, ele mostra que ali foi o parlamento que impôs um limite a ação dos reis – através dos selos reais o que sugere pensar, por que “cargas d’água” o parlamento atual é tão subordinado ao Poder Executivo,  por que não consegue impor seus limites.
A edição da Cia das Letras é bem cuidada, com a tradução primorosa de Rosa Freire de Aguiar e tem uma vantagem de possuir em relação ao original francês da Editions Raisons d’Agir uma introdução de Sergio Miceli, um dos responsáveis pela divulgação do pensamento de Bourdieu no Brasil. Orientado pelo próprio Bourdieu no clássico da sociologia brasileira no seu Intelectuais e Elite Dirigente no Brasil, Miceli enfatiza na análise de Bourdieu o papel central que os juristas tiveram na transição do estado absolutista para o moderno, o que sugere, aos estudiosos do Estado brasileiro o estudo sobre o papel dos advogados, procuradores e de todos os atores diretamente ligados à justiça no corpo do estado como também dos parlamentos “os juristas se aferraram à elaboração de justificativas em favor de uma única jurisdição”, afirma Miceli, o que, de nosso ponto de vista, é uma sugestão inestimável de pesquisa: não estaria nas origens da burocratização do estado brasileiro o papel proeminente que adquiraram advogados e procuradores na condução de processos de estado.Quer dizer, tais atores, suas interpretações e tecnologias, como funcionários da burocracia, não terminam por dar a sua função uma fachada racional e transparente enquanto exercem do interior do Estado uma armadura cujo único objetivo é exercer poder? As propostas de Bourdieu em Sobre o Estado são de grande atualidade, exatamente como Miceli mostra em relação a votação da Ação Penal 470, o Mensalão, mas basta uma varredura, no Executivo e no Legislativo, para encontramos inúmeros outros exemplos, outra razão para lermos Bourdieu urgentemente.
SOBRE O ESTADO .Autor: Pierre Bourdieu. Editora Cia das Letras, julho de 2014
Tradução: Rosa Freire de Aguiar

Quando a Filosofia vai ao Planalto

Hoje publico um texto de um site que acompanho chamado Estado de Direito que trata da Filosofia e da Política alvos de nosso blog !

De vez em quando a filosofia vai ao planalto. é que, como nos diz Victor Hugo em Os Miseráveis: “Chega sempre a hora em que não basta protestar; após a filosofia, a ação é indispensável”. Existe um ditado árabe que diz: “Homens são como tapetes: às vezes precisam ser sacudidos”.
A primeira vez que a filosofia foi ao planalto foi com Sócrates. pessoa de posses, largou o que tinha para ser um mendigo. trajado com sumaríssimas roupas, descalço, falava em praça pública, rodeava-se de jovens, e não perdia uma oportunidade quando o convidavam para um almoço ou jantar onde pudesse filosofar. falava com largueza de espírito, defendia que a guerra e a ideia de criar impérios não traria a felicidade aos homens. alertava os homens que as almas seriam julgadas no além pelos deuses e que a sabedoria era a verdadeira razão da existência humana. dizia: “ações corretas originam-se de pensamentos corretos”. foi julgado e condenado à morte por traição em Atenas em 399 a. C.
Depois, seu discípulo Platão, criou a universidade, retirou a filosofia da praça pública, e no regaço de seu quintal ensinava os jovens interessados em refletir, e escreveu obras eternas e universais como República – nesta obra, dedicada ao jovem governante de Siracusa, Dionísio II, o filósofo fala das armadilhas da soberba, dos interesses da corte, do cinismo dos amigos, do egoísmo e da ânsia dos homens pelo poder, da necessidade de colocar o interesse coletivo acima do particular, do papel da filosofia como alimento da alma, da proteção e da responsabilidade do governo, da ética e da temperança, da justiça e da humildade, e da apatia e desinteresse dos homens pelo conhecimento (por exemplo, no Mito da Caverna). morreu naturalmente e feliz, com um sorriso nos lábios, quando se deitou e foi conversar com os deuses (348 a. C.).
Não gostaria de tirar conclusões, apenas refletir: quando a Filosofia vai ao Planalto…
Autor: José Manuel de Sacadura Rocha é Sociólogo, graduado pela PUC-SP, mestre em Administração pelo Centro Universitário Ibero-Americano, com cursos de especialização em Marketing de Varejo pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e Sistemas de Informação pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT). Professor de Filosofia e Filosofia do Direito, Sociologia e Sociologia Jurídica, Ciência Política, Teoria do Estado e Constituição, Antropologia, Hermenêutica e História do Direito, tanto nos cursos de graduação como nos de pós-graduação. Autor de Sociologia Jurídica: fundamentos e fronteiras; Ética Jurídica: para uma filosofia ética do Direito; Antropologia Jurídica – Geral e Brasil: para uma filosofia antropológica do Direito (publicados pela Elsevier); Fundamentos de Filosofia do Direito: o jurídico e o político da antiguidade a nossos dias; e Michel Foucault e o Direito.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Curso p/ Diretor e Coordenador de Escola

Amigos hoje quero deixar aqui uma dica de Curso Gratuito acesse o link abaixo :


http://canaldoensino.com.br/blog/curso-gratuito-para-diretor-e-coordenador-escolar

domingo, 10 de maio de 2015

A verdade sobre os navios negreiros ***

Queridos hoje quero deixar aqui um link para sua leitura a respeito dos navios negreiros, verdadeiras tumbas humanas.

Veja o início da matéria do SIte Controvérsia:

Caetano Manenti – Lista com nomes de navios negreiros escancara cinismo dos comerciantes de seres humanos no Oceano Atlântico.
Não há páginas da história da escravidão que não nos envergonhe.
Essa, talvez ainda pouco abordada, trata dos dissimulados nomes que os donos das embarcações davam aos seus infernos flutuantes, os navios negreiros — ou navios “tumbeiros”, que vem de tumba, sinônimo de caixão.
As histórias desses barcos de nomes revoltantes estão expostas no mais amplo estudo do comércio transatlântico de seres humanos, iniciado ainda na década de 1960, e reunido pela Universidade de Emory (EUA), no site slavevoyages.org. É partir desta pesquisa que reunimos aqui uma lista com alguns dos mais nojentos nomes encontrados.


Acesse o link e leia toda a empolgante, triste, reveladora, porém verdadeira realidade desses navios nessa matéria.

Educação x Escolarização -

Hoje temos um vídeo com o Professor da PUC de São Paulo Mario Sérgio Cortella discípulo de ninguém mais que o Professor Paulo Freire (In Memorian)







sábado, 9 de maio de 2015

Moral em Kant *

Olá queridos hoje posto em nosso blog uma aula do magnífico Professor de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP) que fala sobre "A dignidade moral no pensamento do Filósofo Kant" !





sexta-feira, 8 de maio de 2015

O respeito ao outro

Olá gente amiga, gente querida hoje quero escreve sobre a importância do respeito às subjetividades usando um termo filosófico ou seja às particularidades de cada um enquanto um ser individual e dotado de particularidades.

Existem pessoas que não entendem isso e acham que suas ideias, seus pensamentos, seus ideias de vida, seus desejos são os corretos e querem impo-los à família, amigos e àqueles que vivem ao seu redor.

Dizem "Ah! Você não come isso ou aquilo mas é importante", importante para elas mas será que o é para o outro ?

Pessoas que não conseguem respeitar o jeito de ser do outro e isso ou esse "feeling" esse "simancol" como diriam os antigos é de suma importância para se viver em sociedade.

Há pessoas que não conseguem por exemplo se calar enquanto outro lê, mas pelo contrário fala sem parar, interrompe a leitura a todo instante, não respeitam o momento em que o outro está assistindo tv tentando entender uma notícia ou um determinado programa e falam disparadamente, enfim, não sabem o momento de falar e o de calar.

Para vivermos em sociedade é preponderante entendermos nossos limites em relação ao outro !

Boa noite de sexta  / ante-véspera do Dia das Mães