segunda-feira, 4 de setembro de 2017

As vantagens de ter um amigo como Gilmar Mendes no STF

A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia, tem nas mãos uma difícil tarefa: um pedido de suspeição de um colega de corte. Pressionada, ela terá que decidir - e rápido - se acolhe e leva o caso de Gilmar Mendes ao plenário ou se o engaveta.
Na segunda-feira (28), a ministra notificou oficialmente o colega sobre o pedido de incompatibilidade na relatoria dos habeas corpus concedidos a Jacob Barata Filho e Lélis Marcos Teixeira, empresários do ramo dos transportes acusados de corrupção no Rio de Janeiro. A ação é de autoria do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Segundo Janot, Gilmar tem uma relação pessoal com os acusados. O ministro foi padrinho de casamento da filha de Barata Filho; sua esposa é tia do genro do empresário; e seu cunhado administra sociedade que o empresário integra. São muitas as "relações pessoais" entre os dois, como destacou a PGR.
Mas Gilmar insiste que não. Ele diz não ter nada que invalide seu poder de atuar nesse caso.
Assim como neste momento, o ministro já se posicionou de forma controversa outras vezes.